quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Rima de quase poeta

Geralmente, escolhemos a narrativa das crônicas para dar um novo olhar à realidade. Mas desta vez, a poesia falou mais alto. Não dá pra limitar a literatura. Por isso, peço licença para mostrar algumas ideias que brotaram na minha cabeça esta semana. Leiam, comentem e repassem! Abraços

Rima de quase poeta
Gisele Barcelos


Hoje eu acordei meio poeta
Com vontade de brincar com os gerúndios
Conjugar os infinitivos
Tornar o futuro mais presente que o passado

Acordei hoje meio poeta
Transformei as dores em rima
As gargalhadas inspiraram os sonetos
E tudo foi parar nos meus versos
De métrica inútil e sincera

Hoje, quase inteira poeta,
O ser bagunçado que sou
Se resumia em frases e parágrafos desconexos
E nenhuma prosa, com seus ponto-e-vírgulas,
Foi suficiente para todo o alvoroço dentro de mim
Por mais que eu tentasse

Mas, se hoje acordei meio poeta,
Será que isso é coisa só de hoje
Ou descoberta de todos os dias?

Quem sabe...
Acho que esta é a graça de acordar assim:
meio poeta

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